Cerca de 97% das atividades do setor de eventos foram paralisadas por conta da Covid-19; governo de São Paulo anunciou 30 eventos-teste para criar os protocolos que empresários pediam para retornar ao trabalho.
Live Cachaça e Cabaré 2: sem público e com equipes reduzidas, setor de eventos deixou de faturar R$ 90 bilhões em 2020, diz entidade — Foto: Divulgação
O setor de Casas de Festas foi um dos mais prejudicados pela pandemia do coronavírus. Pudera: evitar a doença exige comportamento absolutamente contrário ao costumeiro de festas, shows e comemorações.
A Associação Brasileira dos Produtores de Eventos (Abrape) estima que 97% do setor foi paralisado, com 450 mil empregos perdidos entre diretos e indiretos. Pelas contas da entidade, as empresas deixaram de faturar R$ 90 bilhões em 2020.
O efeito previsto para 2021 não foi calculado, mas deve ser ainda maior já que houve atividade normal nos três primeiros meses do ano passado.
Mas, 16 meses adentro da pandemia, as entidades começam a planejar uma rota de saída.
O governo de São Paulo anunciou na quarta-feira (7) que vai ampliar de 10 para 30 o número de “eventos-teste” neste segundo semestre. Trata-se de uma demanda antiga das entidades do setor, pois ali são instaurados protocolos sanitários e monitoramento intenso dos frequentadores para entender se é possível (e como) realizar grandes eventos.
Há outros estados com testes programados, como Bahia, Minas Gerais e Santa Catarina.
“Vemos com bons olhos os eventos-testes. São essenciais para demonstrar segurança e reforçar a credibilidade junto à sociedade, ao setor público e aos consumidores”, afirma Doreni Caramori Jr., presidente da Abrape.
Uma sondagem da Abrape em parceria com a Ambev monitora desde julho de 2020 a disposição do brasileiro em frequentar eventos. Apesar de 79% dizerem estar muito preocupados com a situação na última pesquisa, 8 a cada 10 entrevistados disse sentir muita falta de festas, shows e convenções.